10.2.10

Equador 1

Ok, depois de quase um mês (ou mais? Não sei ao certo.), resolvi deixar a preguiça de lado e começar a escrever alguma coisa, só para acalmar a multidão q entra diariamente no blog em busca de entretenimento e alguma coisa boa para ler (sonho). Bom, deixando de bobagem, vamos embarcar!

(procurem por "chicha morada" em restaurantes. muito bom. e tome inca kola!)
Lima

Sim, o título dos posts é Equador. Mas na real a primeira parte da viagem foi para Lima, no Peru. Já explico. Não existiam voos diretos SP - Quito, só Sampa - Lima - Quito. Então ficamos dois dias e meio em Lima para conhecer a cidade e depois seguimos rumo ao norte. O primeiro dia foi sem grandes novidades, apenas os transportes: Venus - PoA; PoA - SP (pela GOL, com muito atraso por causa de chuva e coisas assim. Ficamos uma noite em São Paulo pra descansar, já q o intervalo entre os voos era grande e não deve ser muito restauradora uma noite de sono em bancos de aeroporto.). Então mais umas horas esperando o "transfer" até o outro aeroporto (aham!) e uma correriazinha pra pegar a van q vai até o hotel. Por segundos q não ficamos sem van. Mas nada como uma noite restabelecedora e um bom café da manhã americano (leia-se colesterol com frutas) para prosseguirmos animados. Como tudo era novidade (nunca estivemos em SP, por exemplo), o passeio seguiu interessante. Embarcamos as 9:25 da manhã no avião da LAN (ótimo serviço) e seguimos as cinco horas restantes até Lima. O voo é muito bonito, e dá pra ver a diferença quando aparecem os Andes e observar o lago Titicaca (enorme), mas um pouco entediante, principalmente depois q a tv de bordo começa a repetir um episódio de Friends velho.
Pousamos em Lima com tranquilidade e lá estava no aeroporto o motorista do hotel com uma plaquinha na mão (Mr. Cantú) nos esperando. O hotel é em Miraflores, um bairro um pouco mais "de classe alta", pertinho da praia. O Hostal The Place é simples, antigo, mas limpo, o mais importante (preços no site). De tarde apesar de cansados (fuso de 2 horas menos q no Brasil, 3 no horário de verão, jet lag), fomos passear pelo bairro. No outro dia amanheceu chovendo, aliás choveu a noite toda numa intensidade que nós classificaríamos não mais do que uma garoa (mas constante). Como havíamos planejado fazer um city tour e não tínhamos guarda-chuvas (apenas capas), perguntamos no hotel onde poderíamos comprá-los e para nossa surpresa a resposta foi a seguinte "a cá no hay paráguas para se comprar", porque nunca chove. E para surpresa maior ainda estavam todos apavorados pela quantidade assustadora de chuvas, os telejornais falavam até em dilúvio...Aí é que fomos reparar o quanto não estão preparados para as chuvas: as ruas não tem bueiros por exemplo. Em outras regiões do Peru existe chuva com "gota gorda" (como chamam a chuva grossa) como as nossas. Imaginem como reagiriam a uma das nossas precipitaçõezinhas. Cada um sabe quando se assustar, deixa assim. Mas apesar de tudo, lá pelas tantas a chuva parou e o nosso passeio por Lima foi bem legal, fazendo com que pudéssemos inclusive usar o andar panorâmico do ônibus. Existe aqui um serviço de turismo o "Mirabus" que fazem roteiros urbanos com guias que falam inglês e espanhol. Ajuda bastante para se ter uma noção da cidade, mas é um pouco rápido ( dura cerca de três horas). Existe a opção de sair de manhã, chegar até o centro de Lima, descer na catedral e pegar de novo o ônibus da tarde, daí sem assentos numerados. Chegamos de volta lá pelas seis. Foi bom porque cada um pode fazer o que era de interesse: eu e a mãe fomos nas livrarias, artesanatos e lojas de música e o Fred e o pai foram buscar selos e cédulas e outros "colecionáveis".

Lima é uma cidade muito bonita, limpa, bem cuidada. Se orgulham do número e a beleza dos parques que estão sempre cheios de gente. Em toda a cidade estão presentes as vacas decoradas, muito divertidas, em tamanho natural receberam a "decoração"de artistas locais. Fazem parte da Cow Parade, um movimento artístico internacional que existem nas grandes cidades do mundo. Percebe-se o empenho dos governos nos restauros e manutenção dos prédios histórico, que no centro são a maioria. Em 1740 um terremoto fez muita destruição e muito se perdeu. Datados dos século XVI, XVII e XVIII, reúnem estilos colonial espanhol com balcões em madeira, neoclássicos inglês, barroco e renascentista. A fé católica se apresenta imponente nas igrejas, ganhando destaque o convento de São Francisco, que impressionam pelas pinturas, azulejos todos do século XVII ainda originais. Mas a atração do convento são as catacumbas com o ossário de pelo menos 25000 pessoas mortas nos terremotos que já por tradição acontecem a mais ou menos de 30 em 30 anos. O último foi em 197o e poucos. Quase na hora. No mais Lima é uma cidade com 10.000.0000 de habitantes (o Peru tem mais ou menos 30.000.000), com uma população muito pobre ou muito rica, quase não tem classe média. Um problema muito sério, ou melhor seríssimo é o êxodo rural, comum aqui na América do Sul. A economia está baseada na agricultura, mineração e turismo, muito turismo. Daí decorrem coisas como mão de obra muito barata, subemprego, os carros e ônibus caindo aos pedaços e o trânsito bem louco: só não vale dedo no olho, e da-lhe buzina! Mas o turista é hiper bem tratado, e existe até polícia turística (não sei se existe em outros lugares, mas para mim é novidade).
No último dia em Lima, fomos de manhã para a Calle Petit Thours, que é lotada de galerias com artesanato de todo o Peru. Tem de tudo! E a gente chega a cansar de olhar as tendas coloridíssimas com coisas muito baratas (mas não tem como levar tanto). Lá pelas duas horas resolvemos almoçar em um restaurante típico Peruano (cebiche e comida criolla). Era um buffet variadíssimo com frutos do mar e peixes (come-se muito peixe em Lima) preparados das mais diversas formas e com temperos exóticos e "calientes". Além disso as carnes cozidas, o milho e as batatas estão sempre no cardápio. Nos despedimos de Lima voltando para o hotel a pé pela beira do mar escarpado, avistando-o lá embaixo e ouvindo o peculiar ruído das pedras que vão e que vem com as ondas, pois aqui não tem areia no litoral e para se chegar à praia temos que descer por escadarias que existem nos "malecones" (calçadão q costei o mar). Estes "malecones" são agradabilíssimos, ajardinados, com obras de arte, com caminhódromos e ciclovias; para as crianças, praças com brinquedos interessantes e até para o passeio dos cães tem local específico. Muitos correm, surfam e andam de paraglider, com suas velas coloridas tomando conta do céu. No hotel, juntamos as tralhas (que já começaram a aumentar e não caber nas malas) e mais uma vez "chá de aeroporto". Embarcamos, porém não sem alguns contratempos. Houve overbooking no voo, e no fim das contas pudemos embarcar, porém não juntos (dica: façam o check-in virtual, acelera muito o processo todo, mas lembre-se de re-confirmar seus assentos antes do voo, senão dá no mesmo q nada). O voo foi tranquilo e às 22:23 estávamos em QUITO. Assunto para outro post.

:D

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