29.8.11

Leituras 2011 VIII - Provos

Ou, no nome inteiro, "Provos: Amsterdam e o Nascimento da Contracultura", de Matteo Guarnaccia. Que, na verdade, foi meu primeiro livro inteiro lido em pdf. E pode ser baixado aqui.

 

Primeiro, sobre ler em pdf: Não gostei. É um saco ter q pegar o computador toda vez para ler, e como agora eu estou me policiando para ler um livro por vez, só posso ler no computador de noite. E nem dá pra ser na cama. "Ai, cara, compra um iPad...". Arrã, pode crer. Esses tablets são maravilhosos, sem dúvida. Mas ainda são extremamente caros, ao menos para mim. Talvez daqui a alguns anos, quando o laptop, o celular, o tablet e a camera fotográfica puderem ser carregados no mesmo adaptador. Mas por enquanto, pra mim, não passa de mais uma bugiganga.
"Tá, já entendi. E o livro, meu?" Sim, já chego lá. Encontrei esse livro em algum blog ligado à Massa Crítica de Porto Alegre, e pelo jeito é meio raro de encontrar em mídia "antiga". Mas até q não é complicado de encontrar para baixar. E, pela temática do livro, acho q os autores não ligam muito pr'essa "pirataria". Ou não deveriam.

Basicamente, a obra narra as "revoluções" ocorridas em Amsterdam na década de 60, que semearam a Amsterdam q conhecemos hoje. Na época, um grupo de jovens com tendencias/inclinações/influencias anarquistas começaram a discordar do statu quo da época, da influência estadounidense, do materialismo absurdo e de tradições notoriamente obsoletas. Adotaram, então, a provocação como forma de protesto (sacaram por que "Provos"?), reagindo pacificamente às intervenções violentas da polícia em seus "happenings" (não vou explicar, googleiem). O movimento foi um dos pioneiros em temas "modernos", como a ecologia, as bicicletas como meio de transporte urbano e a emancipação sexual. Muitas das diferenças de Amsterdam para outras cidades são fruto direto do movimento provo, q alcançou inclusive a Itália. Mas tudo está no livro, se quiserem saber mais.

Particularmente, este livro e o outro q comecei a ler (porque em pdf é chato) começaram a me fazer notar algo: a influência dos Estados Unidos na cultura. Sim, é bem clichê. Mas por que eu não conhecia os provos e conhecia os hippies, por exemplo? Por que diabos eu ouço quase que exclusivamente rock em inglês? Me parece que talvez a globalização esteja servindo apenas para difundir a mentalidade americana, pois não é possível q um país enorme como a Rússia, por exemplo, não tenha - só pra continuar no gênero - ótimas bandas de rock! E por aí vai, em praticamente todas as áreas. Até onde sei. Corrijam-me se acharem q estou errado.

Voltando ao assunto, o veredito: legal para quem quer conhecer do tema. Não é ruim, mas está longe do top 10. Certamente, vou me lembrar de alguns pontos do livro por anos, mas a maior parte já esqueci.

:)

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